Ciclo de Palestras do PPGPol: Maquiavellicas on-line "A Memória e a Ditadura Militar nas Páginas da Folha de São Paulo" (12/12/2025, 10h)

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Link da videochamada: https://meet.google.com/tbd-knfe-jvk

 

O Programa de Pós-Graduação em Ciência Política (PPGPOL) convida a comunidade acadêmica e interessada para participar do próximo evento do Ciclo de Palestras Maquiavellica - edição de dezembro. A atividade contará com a palestra intitulada "Memória e Ditadura Militar nas Páginas da Folha de São Paulo", ministrada pelo Prof. Dr. Gabriel Papa Ribeiro Esteves (UNESP/PPGPOL), e acontecerá no dia 12 de dezembro de 2025, às 10h, em formato virtual.

Confira abaixo os detalhes completos do convite do PPGPol:

 

Car@s Docentes e Discentes,

 

Temos a satisfação de convidá-l@s para a palestra Memória e Ditadura Militar nas páginas da Folha de São Paulo, a ser proferida pelo pós-doc Prof. Dr.  Gabriel Papa Ribeiro Esteves (UNESP/PPGPOL) excepcionalmente na próxima quinta, dia 12/12,  às 10 horas.  

A moderação será da Profa. Dra. Maria do Socorro Braga (PPGPol/UFSCar).

 

Resumo: A pesquisa explora a relação entre mídia e política durante as eleições presidenciais de 2010 no Brasil, com foco na representação da memória do regime militar (1964-1985). Por meio da análise da cobertura jornalística da Folha de S. Paulo , o estudo avalia como o jornal construiu as imagens dos candidatos José Serra e Dilma Rousseff, ambos com passados de oposição ao regime, mas com trajetórias distintas.

O artigo adota uma abordagem teórica baseada em Michel Foucault e Pierre Bourdieu, examinando como os dispositivos de poder da grande mídia influenciam o imaginário social e perpetuam dinâmicas de dominação simbólica. O estudo revela que a cobertura da Folha frequentemente associa o passado de Dilma à luta armada, descontextualizando suas ações e apresentando-as sob uma perspectiva moral negativa, enquanto exalta a trajetória de Serra, destacando seu exílio como resistência legítima.

Além disso, o trabalho critica a concentração de poder nos grandes conglomerados midiáticos, como o Grupo Folha, e a ausência de um marco regulatório no Brasil, que favorece a perpetuação de interesses elitistas. A pesquisa também aponta a ambiguidade da Folha de S. Paulo ao abordar o regime militar, alternando entre declarações de violência e justificativas que diluem sua responsabilidade histórica.

Ao analisar mais de 300 materiais publicados entre março e novembro de 2010, o estudo conclui que aFolha desempenhou um papel significativo na construção da opinião pública, utilizando a memória do passado para influenciar a percepção dos candidatos e fortalecer estruturas sociais conservadoras. Essa narrativa mediática reflete uma memória mal resolvida do regime militar, com implicações diretas na formação do debate político e democrático no Brasil contemporâneo.

 

Mini bio:  Possui graduação em Ciências Sociais - Licenciatura - UNESP Faculdade de Ciências e Letras Campus de Araraquara (2012), graduação em Ciências Sociais - Bacharelado pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2014), mestrado no Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais - UNESP Faculdade de Ciências e Letras Campus de Araraquara (2015) e especialização em História, Cultura e Sociedade pelo Centro Universitário Barão de Mauá, Ribeirão Preto - SP (2018). Doutor em Ciências Sociais pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais - UNESP - Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara (2021). Atualmente é professor de Sociologia/Filosofia - Colégio Anchieta; Colégio NOVO, Curso Pré-vestibular Hexag Medicina e Colégio Santa Úrsula de Ribeirão Preto - SP. Tem experiência na área de Ciências Sociais e História, com ênfase em Sociologia, atuando e dialogando com os seguintes temas e autores: ditadura, memória, mídia, democracia, eleições, ideologia, Karl Marx, Émile Durkheim, Max Weber, Pierre Bourdieu, Michel Foucault, Florestan Fernandes e Jessé Souza.

 

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